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A dor da perda de um animal de estimação é semelhante a de um familiar, diz especialista

Foto: Arquivo Pessoal
O cocker Boris morreu, aos 17 anos, em 2010

Cada vez mais, animais domésticos são vistos como verdadeiros amigos e companheiros de seus tutores, compartilhando momentos e estreitando laços, que fazem com que o pet seja visto (e tratado) como um membro da família. E essa proximidade toda, é claro, acaba tornando ainda mais difícil a hora da despedida.

Na casa da família da psicóloga Aline Baumer, 40 anos, a tristeza teve de ser enfrentada quando o cocker Boris morreu, aos 17 anos, em 2010.

- Eu morava em um apartamento, então, vivíamos muito próximos. Ele estava sempre atrás de mim. Acompanhei a vida dele desde que era um bebê - diz Aline.

Quando percebeu que o cão não ficaria mais muito tempo por perto, a família decidiu registrar imagens dele em um ensaio fotográfico. E, quando ele perdeu qualidade de vida e entrou em sofrimento, a família tomou a difícil decisão de realizar uma eutanásia.

- Tivemos uma longa conversa com com minha irmã, que é veterinária. Não foi uma decisão fácil, mas ele estava sofrendo muito - conta Aline.

A DOR DA PERDA 

Para a psicóloga Synthia Bolivar, o impacto da morte de um pet para os seres humanos pode ser muito intenso, e a dor da perda pode ser semelhante ao sofrimento decorrente da morte de um parente ou de um amigo querido. Mas, quando se trata de um bicho, os tutores têm de lidar com o preconceito de ter sua dor desprezada.  

- Sentir essa dor é uma questão de personalidade, de apego e do quão afetuosa foi a relação vivida com o bichinho de estimação. Há pessoas mais fortes e há pessoas com a personalidade mais frágil para o luto - comenta a psicóloga.

A SUPERAÇÃO 

O Segundo a psicóloga, não há como determinar o tempo de duração de qualquer tipo de luto, pois é um processo que depende da personalidade de cada pessoa. Na casa de Aline, depois da morte de Boris, a família optou por vivenciar o luto plenamente, respeitando o momento de dor. Porém, o legado do cachorro fez com que ela se interessasse por se tornar voluntária do Projeto Quatro Patas, auxiliando bichos de rua.  

- Eu me envolvi com o auxílio desses animais, que ainda não tinham família. Meu luto foi se apaziguando de forma mais intensa depois que eu fui ajudando outros casos - relata Aline.  

ALÍVIO  

A psicóloga Synthia recomenda que as pessoas busquem se distrair e se desfazer dos objetos que o animal deixou, como a cama e os brinquedos. Ainda, há a possibilidade de adotar outro animal, não como um substituto, mas como uma nova companhia. E, é claro, é sempre importante recordar os bons momentos que foram vividos com o animal de uma forma gratificante. 


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